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Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi realizar uma análise epidemiológica dos índices de suicídio registrados entre 1980 e 2006 nas regiões e capitais estaduais. MÉTODO: Dados referentes à taxa de mortalidade devido ao suicídio foram coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. RESULTADOS: Entre 1980 e 2006, foi registrado um total de 158.952 casos de suicídio, excluindo-se os casos nos quais os indivíduos tinham menos de 10 anos de idade (n = 68). No período estudado, o índice total de suicídio cresceu de 4,4 para 5,7 mortes por 100.000 habitantes (29,5%). Os índices médios mais altos foram registrados nas regiões Sul (9,3) e Centro-Oeste (6,1). Os homens são os que têm a maior probabilidade de cometer suicídio. Os índices mais altos de suicídio foram registrados na faixa etária de 70 anos ou mais, enquanto que os maiores aumentos aconteceram na faixa etária dos 20 aos 59 anos. As principais características sociodemográficas das pessoas que cometeram suicídio durante o período estudado foram baixo nível educacional e estado civil solteiro. Os métodos mais comuns de suicídio foram por enforcamento, armas de fogo e envenenamento. CONCLUSÃO: Embora o índice brasileiro tenha crescido 29,5% em 26 anos, o índice nacional ainda é considerado baixo se comparado aos índices de suicídio mundiais (média de 4,9 por 100.000 habitantes). Os índices de suicídio nas regiões brasileiras variam muito, ou seja, estão entre 2,7 e 9,3.

Suicídio; Epidemiologia; Sexo; Idoso; Brasil


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