O fato de os países sul-americanos possuírem regimes predominantemente democráticos e apresentarem uma interdependência cada vez maior não evitou que houvesse tensões militares entre Colômbia e Venezuela ou que ressurgissem conflitos de fronteira entre Chile e Peru. Assim sendo, como se caracterizaria uma região que, apesar do clima democrático crescente e dos densos laços econômicos, permanece imersa em disputas territoriais cuja resolução tem sido frequentemente pensada com referências ao uso da força? Por meio do presente artigo, argumenta-se que as tipologias existentes sobre zonas de paz não são adequadas para explicar essa contradição. Para tanto, o propósito principal do trabalho é desenvolver uma categoria analítica nova de paz regional, a paz híbrida, para analisar esse fenômeno. A intenção é pesquisar a evolução dos sistemas de segurança na América do Sul durante o último século e construir uma nova classificação de zonas de paz em três tipos: zonas de paz negativas, zonas de paz híbridas, e zonas de paz positivas.
democracia; paz hibrida; América do Sul; zonas de paz