A espécie Mucuna pruriens (L.) DC. (Fabaceae) é popularmente conhecida no Brasil como "café berão" e "pó de mico". Suas sementes são bastante estudadas sendo empregadas na medicina popular para o tratamento de desordens nervosas e do aparelho reprodutor, porém poucas informações sobre a composição química e atividade farmacológica das folhas dessa espécie são descritas na literatura. Assim, os objetivos desse estudo foram: a determinação do perfil fitoquímico, a avaliação da atividade antioxidante in vitro, e a avaliação das atividades anti-inflamatória e antinociceptiva in vivo do extrato metanólico das folhas de M. pruriens nas concentrações de 100 e 300 mg/kg. O estudo fitoquímico foi realizado por meio da pesquisa qualitativa dos constituintes químicos e determinação quantitativa do teor de fenóis totais e flavonoides. O potencial antioxidante foi avaliado pelos métodos do DPPH e poder de redução. As atividades anti-inflamatória e antinociceptiva foram a ante foi promissor, com CI50 de 13,2∝g/mL pelo método do DPPH, e CE50 de 47,9∝g/mL pelo método que avalia o poder de redução. Em relação à atividade anti-inflamatória, o extrato foi capaz de inibir o edema de orelha em 63% (100mg/kg) e 28% (300mg/kg). Quanto à atividade antinociceptiva, houve redução do número de contorções abdominais de 64% (100 mg/kg) e 69% (300 mg/kg). Estes resultados indicam que M. pruriens apresenta um potencial farmacológico promissor e reforçam o conceito de que a pesquisa de plantas com usos etnofarmacológicos pode revelar um número substancial de respostas em ensaios in vitro e in vivo.
Mucuna pruriens; antioxidante; antinociceptivo; anti-inflamatório