O objetivo deste estudo foi avaliar a produção e composição química do óleo essencial de frutos de pimenta-rosa cultivados em fileira simples e dupla com diferentes doses de cama-de-frango semidecomposta em duas épocas de avaliação. O experimento foi realizado na Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados/MS, de outubro de 2009 a novembro de 2010. Plantas de pimenta-rosa foram cultivadas em fileira simples e dupla, em solo com cama-de-frango incorporada nas doses de 0, 5, 10, 15 e 20 t ha-1. Os tratamentos foram arranjados em fatorial 2 x 5, em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Os frutos foram colhidos aos 180 e 390 dias após o transplante (DAT). Houve interação significativa para peso fresco de frutos e peso de 50 frutos, sendo os valores maiores aos 180 DAT nas plantas cultivadas em fileira dupla, relacionado com o aumento das doses de cama-de-frango. Os frutos colhidos aos 390 DAT apresentaram maior diâmetro comparado com aqueles coletados aos 180 DAT. O número de frutos por cacho foi influenciado significativamente pelas doses de cama-de-frango, tendo aumento linear em função do aumento das doses. O óleo essencial dos frutos de pimenta-rosa obtido por hidrodestilação e analisado por cromatografia gasosa-espectrometria de massas exibiu predominância de monoterpenos, apresentando como principal constituinte o α-pineno (20,14%). A composição química do óleo essencial não foi influenciada pelo número de fileiras de plantas na parcela, nem pelas doses de cama-de-frango, em nenhuma das épocas de avaliação. Portanto, para maior produção de frutos recomenda-se o cultivo de plantas de pimenta-rosa em fileira dupla e 13.59 t ha-1 de cama-de-frango incorporada ao solo com colheita aos 180 DAT.
Pimenta-rosa; resíduo orgânico; planta medicinal; densidade de plantas