RESUMO
Considerando os diferentes usos etnofarmacológicos apresentados pela planta Luehea divaricata, realizou-se este estudo com o objetivo de avaliar as atividades antinociceptiva e antinflamatória do extrato etanólico de suas folhas, em modelo animal, nas dosagens de 20, 40, 80 e 160 mg/Kg, por via oral. Foram realizados os seguintes testes: contorções abdominais induzidas pelo acido acético, placa quente, formalina e edema de pata induzido por carragenina. Foram utilizados camundongos Swiss (20-25 g) para os três primeiros testes e ratos Wistar (180-250 g), para o último, divididos em seis grupos de oito animais, totalizando 48 animais em cada parâmetro de avaliação. Os resultados foram analisados estatisticamente pela análise de variância a 5% de probabilidade, para verificar quais os tratamentos que diferiram entre si, e estes foram submetidos aos testes de Kruskall-Wallis e Student-Newman-Keuls. O extrato etanólico das folhas de L. divaricata (EEtOH-Ld), nas diferentes doses estudadas, apresentou significativa atividade antinociceptiva sobre a dor induzida quimicamente por injeções intraperitoneal de acido acético e intraplantar de formalina. Na dosagem de 160 mg/Kg, esse extrato apresentou ação analgésica central, aos 120 minutos de observação, no teste de placa quente e reduziu o edema de pata induzido pela administração de carragenina, uma hora após a administração do agente inflamatório, semelhante ao efeito produzido pelo fármaco padrão.
Palavras-chave açoita-cavalo; dor; plantas medicinais