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Exposição de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) à Rickettsia no Distrito Federal, área não endêmica para febre maculosa brasileira

Resumo

O presente trabalho realizou a coleta de amostras de sangue total e carrapatos de 57 capivaras da região, com o intuito de pesquisar bactérias do gênero Rickettsia spp., a partir de métodos de diagnóstico molecular (PCR) e sorológicos (RIFI). Nenhuma amostra de sangue das capivaras foi positiva na PCR. Dentre as 55 amostras de soro testadas por RIFI, 53 (96,3%) apresentaram soro-reação para Rickettsia spp. Dessas 53 amostras, 21 (39,6%) demonstraram o antígeno de R. bellii como provável antígeno envolvido em reação homóloga (PAERH); e duas (3,8%) demonstraram o antígeno de R. parkeri. Foram amostrados 173 carrapatos identificados como Amblyomma sculptum e 410 como Amblyomma dubitatum, além de nove larvas (Amblyomma spp.). Entre os carrapatos, 231 foram submetidos à extração de DNA e PCR para pesquisa de Rickettsia. Foram encontradas evidências moleculares de R. bellii em 25/108 (23,1%) e Rickettsia sp. “strain” Cooperi em 2/108 (1,9%) das amostras de A. dubitatum testadas. Os resultados sugerem uma maior exposição à R. bellii nas populações de capivaras da região, além de uma maior quantidade de carrapatos identificados como A. dubitatum. Isso pode estar relacionado ao que configura a região do Distrito Federal como não endêmica para a febre maculosa brasileira.

Palavras chave:
Vetores artrópodes; Família Caviidae; Rickettsioses; febre maculosa; Centro-Oeste Brasileiro

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