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Resistência anti-helmíntica em nematódeos gastrintestinais de bovinos no Brasil e Argentina - situação atual e perspectivas globais

Resumo

Esta revisão tem como objetivo delinear o estado atual da resistência anti-helmíntica (RAH) em nematódeos gastrintestinais (NGIs), em bovinos na Argentina e no Brasil, enfatizando o impacto econômico na saúde e no bem-estar animal. A análise explora fatores associados à RAH e propõe uma solução potencial: o uso de combinações de medicamentos. Ambos os países enfrentam um cenário grave de AHR, progredindo por meio de fases incipientes, estabelecidas e avançadas, levando a casos extremos de mortalidade animal, devido a estratégias de controle ineficazes. Os gêneros Cooperia e Haemonchus apresentam mais relatos de resistência, enquanto Oesophagostomum radiatum também pode causar problemas significativos. Embora os benzimidazóis orais e o levamisol permaneçam eficazes na maioria dos rebanhos, a moxidectina está entrando em uma fase avançada de resistência, e as avermectinas são cada vez mais consideradas ineficazes. A revisão explora o impacto do clima, pastoreio misto, movimentação dos animais, práticas de criação e a relação entre o controle dos ectoparasitas e o surgimento de helmintos resistentes. Notavelmente, o uso estratégico de combinações de medicamentos pode ser uma abordagem valiosa para o controle de NGIs resistentes em bovinos, destacando-se o seu potencial significativo na mitigação dos desafios colocados pela RAH naqueles países.

Palavras-chave:
Cooperia; Haemonchus; manejo na pecuária; combinação de drogas; saúde de bovinos

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