Resumo
O presente estudo objetivou determinar a prevalência e a distribuição espacial das áreas em risco para fasciolose bovina no Estado de Goiás, região Centro-Oeste do Brasil, entre 2007 a 2014; avaliando as associações de variáveis epidemiológicas com ocorrências da Fasciola hepatica em animais; e estimar as perdas econômicas deste parasito em bovinos. Pode-se concluir que de 23.255.979 bovinos abatidos, a prevalência média de F. hepatica durante o período avaliado foi de 0,0026% (IC 95%: 0,0024-0,0028). No Estado de Goiás, em aproximadamente 10 anos (desde quando este parasito foi encontrado pela primeira vez por outros pesquisadores em 2007), F. hepatica foi diagnosticada em 168 novos municípios. Utilizando-se a análise de regressão logística, o tamanho do rebanho apresentou-se como um fator de risco significativo (OR= 1,21; IC 95% 1,1022-1,4510; p≤0,05) para os bovinos se infectarem por F. hepatica no referido Estado. O prejuízo, devido à condenação de fígados com Fasciola nos bovinos no Estado de Goiás, foi de R$ 15.072,75 (US 4.785). Novos estudos precisam ser conduzidos nessas regiões, com o objetivo de identificar a presença de hospedeiros intermediários infectados, que podem servir como fonte de infecção por F. hepatica para hospedeiros definitivos.
Palavras-chave:
Bovinos; Fasciola hepatica; mapas; distribuição espacial; epidemiologia; zoonoses
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