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Soroprevalência e fatores de risco para anaplasmose, babesiose e tripanosomíase bovina em uma região semiárida do Brasil

A soroprevalência de Anaplasma marginale, Babesia bigemina, Babesia bovis e Trypanosoma vivax, assim como os fatores de risco para estas infecções, foram investigadas em 37 fazendas (total de 509 vacas) da região semiárida da Paraíba, nordeste do Brasil. A presença de anticorpos nos soros dos animais foi detectada pela técnica de imunofluorescência indireta, utilizando antígenos específicos. Os valores médios de soroprevalência por fazenda foram 15,0% (0-75%) para A. marginale, 9,5% (0-40%) para B. bigemina, e 26,9% (0-73,7%) para B. bovis. Todas as vacas foram soronegativas para T. vivax. As maiores prevalências de A. marginale foram significativamente associadas com menor uso de carrapaticidas por ano e com uso mais frequente de antihelmínticos injetáveis. A soroprevalência de B. bigemina foi significativamente associada com o uso de carrapaticidas, e com a presença de mutucas na fazenda. Tanto a ocorrência como a maior soroprevalência para B. bovis nas fazendas foram significativamente associadas com a presença recente de carrapatos nos bovinos. No geral, os resultados indicam que as fazendas amostradas estão situadas em área de instabilidade enzoótica para A. marginale, B. bigemina, e B. bovis, uma vez que a maioria dos animais foi soronegativa para pelo menos um dos agentes.

Anaplasma marginale; Babesia bigemina; Babesia bovis; bovino; fatores de risco; Brasil


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