Resumo
A ocorrência de doenças transmitidas por Amblyomma ovale em 61 cães monitorados por três anos através de coletas de carrapatos, sangue, entrevistas, telemetria e armadilhas fotográficas foi avaliada em três áreas do Parque Estadual da Serra do Mar - SP. Amostras de sangue foram utilizadas para investigação de Rangelia vitalii através de PCR TaqMan em tempo real e Rickettsia parkeri através da RIFI. Carrapatos coletados foram submetidos à PCR convencional para investigação de R. parkeri . Estes dados foram comparados considerando os resultados do monitoramento e entrevistas. Cães de companhia apresentaram risco de infecção pela R. parkeri cepa Mata Atlântica 5,4 vezes maior que os não considerados como de companhia (p = 0,009). Cães que tiveram pelo menos um A. ovale coletado apresentaram risco de infecção por R. parkeri cepa Mata Atlântica 10 vezes maior do que aqueles que não tiveram (p = 0,009). Um cão positivo para R. vitalii através de PCR TaqMan em tempo real foi parasitado por A. ovale durante o monitoramento. Amostras positivas para o gene ompaA possuíam 100% de identidade do clone As106 de R. parkeri cepa de Mata Atlântica. Assim, é urgente o controle de cães na Mata Atlântica para redução dos riscos de zoonoses.
Palavras-chave:
Cão; Rickettsia parkeri; Rangelia vitalii; Mata Atlântica; Brasil