Resumo
Infecções por Trypanosoma vivax têm ocorrido com frequência crescente em animais de produção, principalmente pela aquisição de animais com infecções subclínicas e sem aparente parasitemia, o que dificulta o diagnóstico. O objetivo do presente estudo foi avaliar várias técnicas empregadas para o diagnóstico de T. vivax, a fim de verificar a melhor maneira de utilizá-las durante o curso da doença. Os métodos moleculares demonstraram maiores taxas de detecção que os métodos parasitológicos, detectando 33 das 54 (61,1%) amostras sabidamente positivas, enquanto a técnica de hemoconcentração (melhor teste parasitológico) detectou apenas 44,4%. Os métodos sorológicos, RIFI e ELISA, detectaram soropositividade em 51 das 54 (94,4%) e 49 das 54 (90,7%) amostras sabidamente positivas, respectivamente. Apesar de serem altamente sensíveis, estes testes apenas demonstram a exposição ao agente infeccioso, e não indicam se a infecção permanece ativa. O presente estudo foi o primeiro a utilizar a qPCR para um isolado sul-americano, melhorando sua detecção e quantificação. Além disso, as análises revelaram que a fase patente da doença pode se estender por até 42 dias após a infecção, sendo maior que anteriormente relatado. A combinação de várias técnicas de diagnóstico pode evitar a frequência de resultados falso-negativos e contribuir para um melhor controle da doença.
Palavras-chave:
PCR; qPCR; sorologia; tripanossomose; diagnóstico