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Leishmaniose visceral canina autóctone ocorre no estado do Paraná desde 2012: isolamento e identificação de Leishmania infantum

Resumo

O objetivo deste estudo foi confirmar a emergência da leishmaniose visceral canina em Foz do Iguaçu próximo à fronteira com a Argentina e ao Paraguai, por meio do isolamento e identificação molecular de Leishmania infantum. Em um primeiro estágio de coleta de animais (2012), três amostras de aspirados de linfonodos e 46 camadas leucocitárias foram obtidas de cães soropositivos para leishmaniose. Em um segundo estágio de coleta (2013), foram coletadas amostras de camada leucocitária de 376 cães de 20 localidades próximas à fronteira com o Paraguai, rio Paraná, centro e periferia da cidade. Seis isolados foram obtidos, quatro da primeira etapa (4/49) e dois da segunda etapa (2/376); estes isolados foram submetidos à amplificação com iniciadores K26F/R, e a análise de sua sequência confirmou a espécie como L. infantum. A autoctonia dos casos foi confirmada, pois 100% dos cães nunca haviam saído da cidade. O estudo confirma a emergência de leishmaniose visceral canina no Paraná com identificação de L. infantum em cães da cidade de Foz do Iguaçu. Assim, medidas de controle devem ser elaboradas e implementadas por órgãos públicos e instituições de pesquisa do Brasil, Argentina e Paraguai em parceria com o objetivo de controlar a disseminação de zoonoses e os casos humanos de LV.

Palavras-chave:
Cão; zoonose; caracterização molecular; Sul do Brasil

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