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Efeito antiparasitário in vitro dos alcaloides harmalina e piperina sobre Toxoplasma gondii

Resumo

Toxoplasma gondii é um protozoário coccídio de importância zoonótica, causador da toxoplasmose. Embora os tratamentos atuais para a toxoplasmose possam estar associados a efeitos adversos e à eficácia limitada para as diferentes formas biológicas do parasita, evidências sugerem que moléculas alcaloides, como a harmalina e a piperina exibem, efeitos antiparasitários contra protozoários parasitas. Essa investigação teve como objetivo avaliar o efeito in vitro da harmalina e da piperina contra taquizoítos de T. gondii em culturas de células Vero infectadas. Após 24 horas da infecção das células hospedeiras, as culturas foram tratadas com harmalina ou piperina (0,49 a 15,63 µg/mL). Os controles negativo e positivo foram RPMI/DMSO (0,1%) e sulfadiazina (200 µg/mL), respectivamente. Harmalina reduziu significativamente a multiplicação parasitária em 20% em comparação ao controle negativo, enquanto a piperina diminuiu entre 55,56% e 88,89%, de forma dose-dependente. De acordo com uma escala de proporção intracelular de parasitas, observou-se que células Vero com baixa ou moderada proliferação parasitária foram mais prevalentes após tratamento com alcaloides. O estudo demonstrou que os alcaloides tinham efeitos antiparasitários sobre o T. gondii, sendo a piperina mais eficaz. Estudos adicionais devem ser realizados para esclarecer outros aspectos da ação dos alcaloides sobre os parasitas.

Palavras-chave:
Toxoplasmose; alcaloides; substâncias derivadas de planta

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