Resumo
Espécies de piroplasmídeos foram analisadas por meio de métodos moleculares, em 31 amostras de sangue de cães, previamente verificadas em lâminas coradas, estocadas até a extração de DNA entre 2016 a 2018 em laboratório de Análises Clínicas, em Niterói, Rio de Janeiro. Os piroplasmídeos foram identificados pela PCR, utilizando-se como alvo o gene 18S RNAr e, posteriormente, o sequenciamento. Do total de amostras analisadas, somente 24 (77,4%) foram positivas e apresentaram sequências nucleotídicas adequadas para interpretação com identidade variando entre 93% a 100% com B. vogeli, em comparação com as sequências isoladas de cães infectados de outros estados do Brasil, depositadas no GenBank. A maioria das amostras de sangue dos cães detectados com B. vogeli apresentaram, no hemograma, anemia (62,5%) e trombocitopenia (95,8%). Os resultados detectados neste estudo estão compatíveis com o evidenciado na literatura, pois B. vogeli tem sido a espécie mais relatada nas infecções caninas no Brasil, sendo a trombocitopenia a alteração hematológica mais evidenciada nas amostras analisadas. É importante ressaltar que este é o primeiro estudo envolvendo análise molecular e caracterização de piroplasmídeos, em amostras de sangue de cães da região metropolitana do Rio de Janeiro, utilizando-se a PCR associada ao sequenciamento.
Palavras-chave:
Babesia vogeli; babesiose; canídeos