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Leishmaniose visceral canina: soroprevalência e fatores de risco em Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

No Brasil, a leishmaniose visceral canina (CLV) é endêmica e, na região Centro-Oeste, o número de casos em humanos e cães tem aumentado. Um estudo transversal foi realizado em áreas endêmicas de Cuiabá (MT) com objetivo de avaliar dados sobre a soroprevalência e determinar os fatores de risco associados à infecção canina. Quatrocentos e trinta (430) cães foram aleatoriamente avaliados pelo teste de imunofluorescência indireta, considerando-se variáveis relacionadas aos animais, o ambiente e o conhecimento por parte dos proprietários sobre aspectos da CLV e seu controle. Dos 430 cães, 95 (22,1%) apresentaram-se soros reagentes para leishmaniose, e os animais que viviam em ambiente rural apresentaram risco 1,9 vezes maior de adquirir a infecção dos que aqueles em ambiente urbano (p = 0,01; OR 1,9). Fatores relacionados aos hábitos dos animais, tais como o livre acesso à rua e função de guarda, foram considerados indicadores para prever a infecção por Leishmania sp. (p.< 0,05) em análise estatística univariada. A presença de atividade agrícola foi também um fato que contribuiu para a ocorrência da infecção (p = 0,02; OR 1,68). Os resultados contribuem para o conhecimento sobre os aspectos da CVL em Cuiabá e apontam para uma necessidade urgente de incluir ações educativas e sanitárias na cidade, já que a região possui características favoráveis para a dispersão da doença como já observado em outras cidades.

Leishmaniose visceral canina; cães; fatores de risco; infecção; Brasil


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