Resumo
A presente pesquisa objetivou determinar a intensidade, sazonalidade, predominância de gêneros e marcadores fenotípicos às parasitoses gastrointestinais em fazendas de criação de ovinos do Distrito Federal, no bioma cerrado brasileiro. Foram avaliados 1.271 ovinos oriundos de sete propriedades, durante os períodos chuvoso (dezembro de 2017 e dezembro de 2018) e seco (julho de 2018 e julho de 2019). Procedeu-se a avaliação parasitológica por coprocultura e OPG, dosagem de hematócrito, escore de condição corporal e de fezes. Dos indivíduos avaliados, 34,15% deles apresentaram infecção parasitária moderada a grave. Os fatores de caracterização fenotípica dos rebanhos quanto às infecções helmínticas (p ≤ 0,05), foram: anemia (OR = 5,72),magreza (OR = 1,80), fezes pastosas/diarreicas (OR = 1,54), raças distintas à raça Santa Inês (OR = 2,31), categorias de produção animal “jovens” (OR = 4,76) e “fêmeas paridas” (OR = 4,66), e período seco (OR = 2,37). Haemonchus, Trichostrongylus, Oesophagostomum e Cooperia foram os gêneros de helmintos observados nas seguintes proporções: 76,40%, 20,23%, 2,89% e 0,47%, respectivamente, sem distinção em sua distribuição entre os períodos chuvoso e seco. Mudanças no manejo sanitário com relação às helmintoses são urgentemente necessárias, para um controle da doença de forma mais eficaz e sustentável.
Palavras-chave:
Criação de ovinos; infecção helmíntica; epidemiologia; marcadores fenotípicos; cerrado brasileiro