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Soroprevalência de Rickettsia spp. em gatos de uma área endêmica para a Febre Maculosa Brasileira

Resumo

Espécies de Rickettsia têm sido responsáveis por doenças transmitidas por carrapatos no mundo, a maioria mantida por hospedeiros amplificadores, como as capivaras em áreas endêmicas no Brasil. A Universidade de São Paulo, em Piracicaba, no sudeste do Brasil, é uma área endêmica para a Febre Maculosa Brasileira (FMB), com alta densidade de capivaras e Amblyomma spp., e com casos humanos confirmados. Além de capivaras, a universidade também possui gatos em um abrigo e de vida livre. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e as características associadas com exposição à Rickettsia rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia felis em gatos de área endêmica para a FMB. Dos 51 gatos amostrados, 23/35 (65,7%) do abrigo e 5/16 (31,2%) de vida livre foram positivos (títulos ≥ 64) para pelo menos uma Rickettsia spp. Carrapatos estiveram presentes em 3/16 (18,8%) gatos de vida livre, representados por Amblyomma spp., ninfas de Amblyomma sculptum e adultos de Rhipicephalus sanguineus sensu lato. Apesar de compartilharem o ambiente com capivaras, os gatos amostrados foram igualmente ou menos expostos à infecção riquetsial do que os gatos com proprietário em outras áreas endêmicas, podendo ser usados como sentinelas para exposição humana à riquétsias nessas áreas.

Palavras-chave:
Rickettsia rickettsii; Rickettsia parkeri; febre maculosa brasileira

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