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Fauna e sazonalidade de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) de uma área de transmissão de leishmaniose na região central do Rio Grande do Sul, Brasil

Resumo

Os flebotomíneos, vetores capazes de transmitir Leishmania spp. e causar leishmaniose, têm sido uma preocupação na região central do Rio Grande do Sul, onde a leishmaniose canina (CanL) é documentada desde 1985. Notavelmente, houve um aumento nos casos de CanL desde 2017, com dois casos autóctones de leishmaniose visceral humana relatados na área, em 2021. Este estudo teve como objetivo identificar a fauna de flebotomíneos potencialmente envolvida na transmissão da doença. Armadilhas luminosas modificadas, do Centro de Controle de Doenças, foram implantadas em três bairros da cidade onde casos de CanL haviam sido relatados anteriormente, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022. Das 89 coletas realizadas, 119 flebotomíneos de cinco espécies foram capturados: Pintomyia fischeri (76/119, 63,86%), Migonemyia migonei (23/119, 19,33%), Lutzomyia longipalpis (16/119, 13,45%), Brumptomyia sp. (2/119, 1,68%) e Psathyromyia lanei (2/119, 1,68%), predominantemente, entre fevereiro e abril de 2021 e 2022. Testes de reação em cadeia da polimerase em todos os espécimes fêmeas resultaram negativos para DNA de Leishmania spp. Embora Leishmania spp. não tenha sido detectada nesses vetores, esses achados destacam a necessidade imperativa de implementar medidas destinadas a conter a proliferação desses insetos.

Palavras-chave:
Entomologia; flebotomíneos; leishmaniose; Saúde Única; epidemiologia; Santa Maria

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