Resumo
Apesar da importância epidemiológica da família Lymnaeidae na transmissão de Fasciola hepatica, o conhecimento sobre a diversidade e a distribuição desses moluscos e o papel de cada espécie, na expansão da fasciolose, ainda é escasso. Realizou-se a identificação morfológica clássica (n=10) em limneídeos de Lagoa Santa, município do estado de Minas Gerais, Brasil, juntamente com a análise molecular e filogenética (n=05), baseada nas sequências parciais de nucleotídeos do gene mitocondrial da subunidade I do citocromo c oxidase (COI mtDNA) e espaçador interno, transcrito do DNA ribossomal II (ITS-2 rDNA). A morfologia da concha possibilitou distinguir os limneídeos de Lagoa Santa de Pseudosuccinea columella. As diferenças encontradas no complexo peniano e na forma da próstata permitiram que essa espécie fosse distinta de Galba truncatula. No entanto, a homogeneidade das características do trato reprodutivo entre Lymnaea (Galba) cubensis, L. viator e L. neotropica confirmou que essas características apresentam baixa confiabilidade taxonômica para a identificação de espécies crípticas. A análise da divergência genética para o gene COI mtDNA e região ITS-2 do rDNA revelou maior similaridade entre os limneídeos de Lagoa Santa com Lymnaea (Galba) cubensis.
Palavras-chave: Hospedeiro intermediário; Trematoda; COI; ITS-2; morfologia