Pesquisas com sementes de soja têm revelado que os resultados do teste de condutividade elétrica podem ser influenciados pela temperatura de armazenamento, especialmente as mais baixas, como 10ºC, sugerindo que a deterioração da semente a baixas temperaturas de armazenamento parece não estar relacionada diretamente com a perda da integridade das membranas celulares. Este trabalho foi conduzido com sementes de dois cultivares de soja objetivando: a) estudar o efeito de diferentes temperaturas de armazenamento (10ºC; 20ºC; 25ºC; 20/10ºC e 25/10ºC) sobre os resultados do teste de condutividade elétrica; b) observar o comportamento dos ácidos graxos e carboidratos durante o armazenamento e estudar sua relação com os resultados do teste de condutividade elétrica. A cada três meses, num total de 18 meses de armazenamento, a qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelos testes de germinação, envelhecimento acelerado e condutividade elétrica. O teste de condutividade elétrica não mostrou ser um indicador eficiente do processo de deterioração de sementes armazenadas a baixas temperaturas, também não foi observada nenhuma relação direta entre as mudanças nos ácidos graxos, nos carboidratos e no comportamento do referido teste, para sementes armazenadas a 10ºC.
Glycine max; vigor; qualidade fisiológica