Resumo
Objetivos:
determinar a prevalência e fatores associados à sibilância recorrente no primeiro ano de vida entre recém-nascidos prematuros egressos de Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, na cidade de Montes Claros, norte de Minas Gerais.
Métodos:
estudo transversal, com coleta de dados em prontuários de ambulatório de seguimento, entrevistas com mães e, eventualmente, consultas aos prontuários hospitalares. Foram realizadas análises bivariadas entre as características sociodemográficas e clínicas e a sibilância recorrente. As variáveis associadas ao desfecho até um nível de significância de p ≤20% foram analisadas por regressão logística binária e as associações definidas pelas Odds Ratios e respectivos intervalos de confiança de 95%. Somente variáveis associadas a um nível de significância de 5% foram mantidas no modelo final de regressão logística.
Resultados:
entre 277 crianças estudadas, cerca de um quinto (21,3%) eram prematuros de extremo baixo peso e mais da metade (60,7%) tinha peso de nascimento abaixo de 1500 gramas. A prevalência de sibilância recorrente foi de 14,4% (IC95%=10,3-18,4). Ventilação mecânica (OR=2,12; IC95%= 1,09-4,76; p=0,030) e tempo de oxigenioterapia ≥15 dias (OR=2,49; IC95%=1,12-5,00; p=0,010) foram os fatores de risco para o evento.
Conclusão:
existe uma elevada prevalência de sibilância recorrente no grupo avaliado e as variáveis associadas reiteram o risco do uso prolongado de oxigenioterapia e da ventilação mecânica para recém-nascidos prematuros.
Palavras-chave
Recém-nascido prematuro; Sons respiratórios; Prevalência; Fatores de risco