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Desigualdades socioeconômicas, demográficas e obstétricas na insegurança alimentar em gestantes

Resumo

Objetivos:

estimar a prevalência da insegurança alimentar (IA)em gestantes e identificar sua associação com variáveis demográficas, socioeconômicas, obstétricas e antropométricas em usuárias de Unidades de Saúde da Família (USFs) em Colombo, PR.

Métodos:

estudo transversal com amostra representativa de gestantes de 17 USFs do município. Utilizou-se a versão curta da Escala Brasileira de IA. Modelos de Regressão de Poisson com variância robusta, brutos e ajustados foram utilizados para investigar associação entre IA e variáveis de exposição.

Resultados:

participaram da pesquisa 316 gestantes. A prevalência de IA foi de 45,1% (IC95%= 39,6-50,6). Após análise ajustada, apresentaram maiores prevalências de IA as gestantes com 30 anos ou mais (RP= 1,66; IC95%= 1,02-2,69), de cor/raça negra e indígena (RP= 1,39; IC95%= 1,08-1,79), com até sete anos de estudo (RP= 1,58; IC95%= 1,14-2,19) e de menor renda (RP= 2,07; IC95%= 1,36-3,14).

Conclusões:

verificou-se elevada prevalência de IA entre as gestantes, especialmente entre aquelas com maior idade e piores condições socioeconômicas, grupo que deve ser considerado prioritário para ações que visem promover segurança alimentar.

Palavras-chave:
Segurança alimentar; Gravidez; Desigualdade social; Estudos transversais

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