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Marcadores Séricos para Trombofilia em Gestantes com Lúpus Eritematoso Sistêmico

Resumo

Objetivos:

determinar a frequência e a associação ente LES em gestantes e a ocorrência de marcadores séricos para trombofilias hereditárias e adquiridas no grupo de gestantes estudadas.

Métodos:

foi realizado estudo caso-controle com 25 gestantes portadoras de Lúpus Eritematoso Sistêmico (grupo estudo) e 32 gestantes sem doença conhecida, com pelo menos uma gestação anterior (grupo controle). A presença de anticorpos antifosfolípides e trombofilia hereditária foi examinada em ambos os grupos. Utilizamos o Teste y2 com correção de Yates ou Teste Exato de Fisher para verificar as associações e calcular o risco relativo.

Resultados:

verificou-se a presença de trombofilias em 72,0% das gestantes portadoras de LES e em 6,0% das pacientes do grupo controle. Encontrou-se significante associação entre a presença de LES em gestantes e marcadores séricos para trombofilias hereditárias/anticorpos antifosfolípides (p<0,05). Identificou-se risco relativo para presença de anticorpos antifosfolípides de 13,20 (1,81<RR<96,46) em gestantes portadoras de LES, 7.26 (IC95%=1.77-29.86) para presença de marcadores séricos de trombofilias hereditárias e de 7.92 (IC95%= 2.62 - 23.94) considerando a presença de trombofilias hereditárias e/ou presença de anticorpos antifosfolípides.

Conclusões:

a identificação de marcadores para trombofilia hereditária e/ou adquirida em gestantes com lúpus pode ser clinicamente útil para determinar quais pacientes apresentam maior risco de complicações obstétricas.

Palavras-chave
Lúpus eritematoso sistêmico; Trombofilia; Síndrome antifosfolipídica; Complicações hematológicas na gravidez

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