Objetivos:
estimar a incidência de maloclusão na dentição decídua e fatores associados na primeira infância.
Métodos:
estudo longitudinal com crianças nascidas na cidade de Feira de Santana, Bahia, acompanhadas por 36 meses. Taxas de incidência de maloclusão e razões de densidade de incidência (RDI), com correspondentes intervalos de 95% de confiança, foram obtidas para avaliar associação entre maloclusão e fatores associados. Modelos de regressão de Poisson foram ajustados para controle de confundimento.
Resultados:
verificou-se que 34,4% das crianças apresentaram maloclusão leve e 23,3% maloclusão moderada ou grave, totalizando 57,8% com algum grau de maloclusão aos três anos de idade. A taxa global de incidência de maloclusão foi de 27,2 casos por 100 crianças-ano. As crianças que sugaram chupeta ou dedo apresentaram risco de maloclusão maior quando comparadas com as crianças que não desenvolveram tais hábitos de sucção (RDI=1,99; IC95%= 1,26 - 3,26). Crianças que não foram amamentadas de forma exclusiva ou predominante por período igual a quatro meses tiveram um risco de maloclusão 1,5 vezes maior (IC95%= 0,99 - 2,25) quando comparadas com as crianças que mamaram de forma exclusiva ou predominante por este período.
Conclusões:
alerta-se profissionais de saúde para a necessidade de estímulo ao aleitamento materno e medidas para prevenir as maloclusões na primeira infância.
Maloclusão; Dentição decídua; Aleitamento materno; Incidência; Fatores de risco