Resumo
Objetivos:
analisar a associação da duração do aleitamento materno exclusivo (AME) e idade de introdução da alimentação complementar (AC) com o excesso de gordura corporal (EGC) em escolares de Florianópolis/SC.
Métodos:
estudo transversal com amostra probabilística de 1.531 escolares de 7-10 anos de escolas públicas/privadas de Florianópolis/SC. O EGC foi avaliado pela aferição de dobras cutânaeas tricipital e subescapular. Dados sobre AME, AC e variáveis de confusão foram obtidos por entrevista. Regressão de Poisson foi empregada nas análises ajustadas.
Resultados:
a prevalência de excesso de EGC e AME foi 37,9% (IC95%: 32,4-43,6) e 30,6% (IC95%: 17,3-48,2), respectivamente. O AME por um período menor que 4 meses e maior que 6 meses se manteve associado ao EGC após ajuste pelas variáveis confundidoras. A introdução dos grupos de alimentos na AC não esteve associação ao EGC.
Conclusões:
a associação do EGC com a AME por menos de quatro meses deve-se possivelmente à oferta precoce de outros tipos de leite como complemento ao materno, enquanto que a associação com AME por mais de seis meses pode ser devido ao fenômeno de aceleração do crescimento.
Palavras-chave:
Nutrição da criança; Obesidade pediátrica; Estudos transversais