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Perfil epidemiológico de mulheres com endometriose: um estudo descritivo retrospectivo

Resumo

Objetivos:

descrever o perfil epidemiológico e clínico de mulheres com endometriose e determinar a associação com as características prognósticas da doença.

Métodos:

estudo descritivo retrospectivo envolvendo 237 mulheres atendidas em dois hospitais de referência em endometriose, no período entre 2011 e 2017. As associações entre os grupos foram estimadas utilizando modelos de regressão logística.

Resultados:

a maioria das mulheres (65,4%) estava em idade reprodutiva (29-39 anos), com índice de massa corporal entre 18,5-24,9 kg/m2 e alta prevalência (23-81%) dos sintomas clínicos da doença, sendo que 49,5% eram inférteis. O tempo médio de diagnóstico foi de 5 anos. O endometrioma ovariano e/ou endometriose profunda infiltrativa (EPI) foram os tipos mais frequentes de endometriose (87%), sendo que 59% das pacientes estavam no estágio III/IVda doença. Aproximadamente 87% das mulheres com diagnóstico cirúrgico apresentavam idade acima dos 30 anos, eram casadas (70%) e apresentavam menor paridade. A dispareunia foi associada negativamente à endometriose superficial. A infertilidade foi associada positivamente com a idade (30-39 anos) e com a EPI nas tubas uterinas; a dismenorreia com a EPI no ligamento uterosacral; as queixas intestinais cíclicas com a EPI no retosigmóide e intestino, e com a classificação EPI e estágio III/IV.

Conclusões:

conhecer o perfil epidemiológico e clínico das mulheres brasileiras com endometriose pode auxiliar no diagnóstico e no planejamento do tratamento.

Palavras-chave:
Endometriose; Epidemiologia; Prognóstico; Sintomas.

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