Bhandari et al.,1212 Bhandari N, Mazumder S, Bahl R, Martines J, Black RE, Bhan MK, et al. An educational intervention to promote appropriate complementary feeding practices and physical growth in infants and young children in rural Haryana, India. J Nutr. 2004 Sep; 134 (9): 2342-8. 2004 |
Índia/Clínico randomizado |
1.025 crianças de 6 a 18 meses de idade Intervenção: 552 Controle: 473 |
Visitas domiciliares, oficinas de culinária, debates sobre alimentação complementar, peças de teatro de rua, cartazes, flipbooks e folders com orientações sobre alimentação. |
As crianças foram acompanhadas a cada 3 meses até os 18 meses de idade. |
Os meninos do grupo intervenção apresentaram maior comprimento aos 12 meses (p=0,035) e um maior incremento no comprimento entre 6 e 12 meses de idade (p=0,035). Também foram observados melhores hábitos alimentares nesse grupo. |
Embora as estratégias de EAN tenham melhorado as práticas de alimentação, o efeito sobre o crescimento físico variou. Portanto, as intervenções precisam levar em conta as diferenças de gênero. |
Fahmida et al.,1313 Fahmida U, Htet MK, Ferguson E, Do TT, Buanasita A, Titaley C, et al. Effect of an Integrated Package of Nutrition Behavior Change Interventions on Infant and Young Child Feeding Practices and Child Growth from Birth to 18 Months: Cohort Evaluation of the Baduta Cluster Randomized Controlled Trial in East Java, Indonesia. Nutrients. 2020 Dec; 12 (12): 3851. 2020 |
Indonésia/Coorte randomizada |
691 crianças de 0 a 18 meses Intervenção: 346 Controle: 345 |
Foram realizadas campanhas e atividades de mídia sobre nutrição durante a gravidez, amamentação, alimentação complementar e lavagem das mãos. |
As gestantes foram acompanhadas durante o terceiro trimestre até 18 meses após o parto. |
Entre as crianças amamentadas, a porcentagem de crianças que atingiram o DDS e o DMA mínimos foi maior no grupo intervenção. Os índices de probabilidade foram de 3,49 e 2,79 para DDS e 3,49 e 2,74 para MAD nos grupos de 9 a 11 meses e de 16 a 18 meses, respectivamente. |
A intervenção foi eficaz para melhorar as práticas alimentares das crianças, mas não para melhorar seu crescimento linear. |
Roy et al.,1414 Roy SK, Jolly SP, Shafique S, Fuchs GJ, Mahmud Z, Chakraborty B, et al. Prevention of malnutrition among young children in rural Bangladesh by a food-health-care educational intervention: a randomized, controlled trial. Food Nutr Bull. 2007 Dec; 28 (4): 375-83. 2007 |
Bangladesh/Clínico randomizado |
576 crianças de 6 a 9 meses Intervenção: 294 Controle: 282 |
Atividades de EAN baseadas no conceito do triângulo nutricional do UNICEF. |
Uma vez por semana nos primeiros 3 meses e uma vez a cada 2 semanas nos outros 3 meses. |
83,8% das mães passaram a oferecer o alimento pelo menos três vezes ao dia para seus filhos, em comparação com 19,4% no grupo controle (p<001). O ganho de peso foi maior no grupo intervenção, com melhora do estado nutricional (1,81 vs. 1,39 kg, p<0,001). |
As estratégias de EAN, quando adequadas às regiões e baseadas no modelo do triângulo nutricional, previnem o atraso no crescimento e a desnutrição entre as crianças. |
Shi et al.,1515 Shi L, Zhang J, Wang Y, Caulfield LE, Guyer B. Effectiveness of an educational intervention on complementary feeding practices and growth in rural China: a cluster randomised controlled trial. Public Health Nutr. 2010 Apr; 13 (4): 556-65. 2010 |
China/Clínico randomizado |
599 crianças de 2 a 12 meses de idade Intervenção: 294 Controle: 305 |
Foram realizadas oficinas para ensinar receitas saudáveis e higiene alimentar, foram preparados folhetos sobre alimentação infantil e foram feitas visitas domiciliares. |
1 ano. As visitas ocorreram aos 6, 9 e 12 meses de idade das crianças. |
A diversidade da dieta, a frequência das refeições e as práticas de higiene melhoraram no grupo intervenção. Os bebês do grupo intervenção ganharam 0,22 kg a mais (p=0,047) e 0,66 cm a mais (p=0,04) do que os do grupo controle. |
As estratégias de EAN fornecidas por profissionais de saúde locais podem levar a mudanças comportamentais nos cuidadores e melhorar o crescimento infantil. |
BortolinI e Vitolo,1616 Bortolini GA, Vitolo MR. The impact of systematic dietary counseling during the first year of life on anemia and iron deficiency prevalence rates at 12-16 months. J Pediatr. 2012; 88: 33-9. 2012 |
Brasil/Clínico randomizado |
397 crianças entre 0 e 12 meses Intervenção: 163 Controle: 234 |
Diretrizes dietéticas para os dez passos para uma alimentação saudável para crianças com menos de dois anos de idade |
10 visitas domiciliares realizadas nos primeiros 10 dias após o nascimento, mensalmente até os 6 meses e aos 8, 10 e 12 meses. |
No grupo intervenção, houve melhora no padrão alimentar, maior consumo de carnes e leite de vaca do que nas crianças do grupo controle. |
A intervenção não resultou em uma redução na prevalência de anemia e deficiência de ferro. Mas foram observadas mudanças na dieta do grupo de intervenção. |
Daniels et al.,1717 Daniels LA, Mallan KM, Battistutta D, Nicholson JM, Meedeniya JE, Bayer JK, et al. Child eating behavior outcomes of an early feeding intervention to reduce risk indicators for child obesity: the NOURISH RCT. Obesity (Silver Spring). 2014 May; 22 (5): E104-11. 2014 |
Austrália/Clínico randomizado |
397 crianças de 0 a 12 meses de idade Intervenção: 163 Controle: 234 |
Atividades de exposição a alimentos não familiares e não saudáveis, alimentação sensível a sinais de fome e saciedade e atividades para estimular a autonomia. |
A intervenção começou com crianças de 4 a 7 meses de idade. O segundo módulo começou 6 meses após a conclusão do primeiro, com crianças de 13 a 16 meses de idade. |
As crianças do grupo intervenção foram classificadas com pontuações mais altas para a resposta à saciedade (p=0,03) e pontuações mais baixas para excesso emocional (p=0,009) e inquietação (p=0,01). As crianças também gostaram mais de frutas (p=0,008) e foram expostas a uma maior variedade de vegetais (p=0,008). |
A aplicação da EAN nas práticas alimentares afeta os aspectos do comportamento alimentar “obesogênico” da criança, as preferências alimentares e a qualidade da dieta. |
Fangupo et al.,1818 Fangupo LJ, Heath AL, Williams SM, Somerville MR, Lawrence JA, Gray AR, et al. Impact of an early-life intervention on the nutrition behaviors of 2-y-old children: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2015 Sep; 102 (3): 704-12. 2015 |
Nova Zelândia/Clínico randomizado |
666 crianças de 0 a 18 meses de idade Intervenção: 325 Controle: 341 |
Workshops interativos com ideias de lanches e bebidas saudáveis, compras de alimentos saudáveis e leitura de rótulos. |
Visitas domiciliares aos 4, 7, 13 e 18 meses de idade. |
As crianças do grupo intervenção tinham mais controle sobre sua alimentação e menos pressão para comer aos 18 meses, bem como mais incentivo para consumir alimentos saudáveis aos 24 meses. |
As intervenções que se concentram na educação e no apoio à alimentação não parecem ser suficientes para mudar a dieta dos pais e das crianças. |
Roche et al.,1919 Roche ML, Marquis GS, Gyorkos TW, Blouin B, Sarsoza J, Kuhnlein HV, et al. A community-based positive deviance/hearth infant and young child nutrition intervention in Ecuador improved diet and reduced underweight. J Nutr Educ Behav. 2017 Mar; 49 (3): 196-203.e1. 2016 |
Equador/Clínico randomizado |
264 crianças de 0 a 24 meses de idade Intervenção: 80 Controle: 184 |
Workshops sobre receitas saudáveis usando alimentos locais, higiene alimentar, alimentação responsável e organização. |
Visita domiciliar a cada 2 semanas durante 4 meses. E atividades de EAN por 12 dias. |
Na intervenção, as crianças consumiram mais ferro, zinco, vitamina A, proteína e energia (p<0,05). A prevalência de baixo peso diminuiu de 30,4% para 23,7% e a prevalência de muito baixo peso diminuiu de 10,0% para 1,3%. |
As estratégias de EAN ajudaram as mães a melhorar as práticas nutricionais e reduziram a incidência de baixo peso nas crianças. |
Cândido et al.,2020 Cândido NA, Sousa TM, Santos LC. Effectiveness of different interventions in public nurseries based on food and nutrition education: promoting breast-feeding and healthy complementary feeding. Public Health Nutr. 2018 Sep; 21 (13): 2454-61. 2018 |
Brasil/Clínico randomizado |
169 crianças de 4 a 24 meses Intervenção: 72 Controle: 97 |
Atividades sobre a consistência da alimentação do bebê, oferta de alimentos rejeitados, alimentação saudável e alimentos a serem evitados. |
Para as crianças, o tempo médio das intervenções foi de 50 minutos; para os profissionais, houve 4 reuniões de 8 horas; e para os pais e responsáveis, houve reuniões com duração total de 5 horas. |
A consistência dos alimentos oferecidos aos bebês evoluiu de “purê” para “como o resto da família” após o intervalo de 8 meses. Houve melhorias entre os pais com relação às crenças (sopas e caldos não nutrem meu filho: p=0,012) e intenções (não oferecer sopas e caldos: p=0,003; oferecer vegetais: p=0,018; oferecer carne: p<0,001). |
A intervenção usando estratégias de EAN teve impacto sobre os parâmetros avaliados, denotando a importância de sua aplicação em creches para melhorar a introdução de alimentos. |