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Near miss neonatal e a ocorrência de desfechos negativos no primeiro ano de vida: dados da pesquisa nacional Nascer no Brasil, 2011-2012

Resumo

Objetivos:

estimar a força de associação entre near miss neonatal e desfechos negativos, no primeiro ano de vida.

Métodos:

coorte prospectiva de sobreviventes neonatais, originária do inquérito nacional “Nascer no Brasil, 2011-2012.” Exposição principal: near miss neonatal (NMN). Desfechos negativos: não amamentação, internação hospitalar e óbito pós-neonatal (entrevista tele-fônica). Para cada desfecho foram estimadas razões de chances (OR), por modelos de regressão logística univariada (p<0,2) e multivariada (p<0,05).

Resultados:

das 15.675 crianças, 3,3% eram casos de NMN. NMN esteve associado, após ajuste, a: desmame (OR=1,8); internação pós-alta (OR=2,2); permanecer internado (OR=65,6) e óbito pós-neonatal (OR=52,4). O aumento da OR após ajuste apontou para confundimentos negativos, no caso de “permanecer internado desde o parto” (ORbruto=21,1; ORajustado=65,6).

Conclusão:

apesar do NMN refletir boa qualidade da assistência à saúde, evitando o óbito neonatal, estes sobreviventes têm maior risco de desfechos negativos no primeiro ano de vida.

Palavras-chave:
Near miss; Mortalidade infantil; Hospitalização; Aleitamento materno

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