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Amamentação e orientações sobre alimentação infantil: padrões alimentares e potenciais efeitos na saúde e nutrição de menores de dois anos

Resumo

Objetivos:

identificar padrões alimentares de crianças menores de dois anos na atenção primária associando-os com variáveis maternas.

Métodos:

estudo transversal desenvolvido em unidades básicas de saúde. Amostra selecionada por conveniência com 321 menores de dois anos e suas mães. O consumo alimentar foi obtido através de recordatório alimentar de 24 horas. O método de análise fatorial por componentes principais foi utilizado para determinação dos padrões alimentares. Associações entre variáveis maternas e padrões alimentares foram testadas.

Resultados:

padrões “misto”, “mingaus” e “lanches” foram identificados. Receber orientações sobre alimentação infantil relacionou-se a maior aderência aos padrões “misto” (p= 0,02; RP= 2,98; IC95%= 1,49-5,96) e “mingaus” (p= 0,026; RP= 2,10; IC95%= 1,09-4,02). Experiência com aleitamento materno mostrou maior adesão aos padrões “mingaus” (p= 0,038; RP= 1,78; IC95%= 1,03-3,08) e “lanches” (p= 0,026; RP= 1,09; IC95%= 1,01-1,18) e filhos de mães com excesso de peso apresentaram menor aderência ao padrão “lanches” (p= 0,042; RP= 0,51; IC95%= 0,26-0,98).

Conclusões:

os padrões encontrados associaram-se com orientação sobre alimentação infantil e amamentação, experiência prévia com amamentação, bem como com excesso de peso materno, ressaltando a importância da orientação profissional para maior adesão a padrões de consumo mais variados e saudáveis e que contemplem os diversos grupos de alimentos.

Palavras-chave
Padrões alimentares; Alimentação da criança; Mães; Análise fatorial

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