Frequência e características maternas e do recém nascido associadas à
               internação de neonatos em UTI no município de Joinville, Santa Catarina -
               2012

Mucha, Fátima; Franco, Selma Cristina; Silva, Guilherme Alberto Germano

doi:10.1590/S1519-38292015000200006

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ARTIGOS ORIGINAIS • Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 15 (2) • Apr-Jun 2015 • https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200006 linkcopiar

Frequência e características maternas e do recém nascido associadas à internação de neonatos em UTI no município de Joinville, Santa Catarina - 2012

The frequency and characteristics of mothers and newborns associated with the admission of neonates to ICU in the municipality of Joinville, Santa Catarina - 2012

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Objetivos: determinar a frequência e os fatores associados à internação de recém-nascidos em UTI neonatal no município de Joinville, Santa Catarina.

Métodos: estudo transversal com base nos registros de nascidos vivos (DNV) e de internações em Unidades de Terapia Intensivas (UTI) neonatais em 2012. Para avaliar associações entre variáveis explicativas e desfecho foram estimados odds ratios (OR) brutos e ajustados e respectivos intervalos de confiança de 95% com a técnica de regressão logística.

Resultados: a frequência de internação em UTI neonatal foi de 11,7% (9,69-13,7). Baixo peso ao nascer (ORaj = 8,1 [6,3 - 10,3]), malformação congênita (ORaj = 6,0 [3,2 – 11,2]), Apgar de 5º minuto < 7 (ORaj = 5,7 [2,6 - 12,3]), prematuridade (ORaj = 3,4 [(2,7 – 4,1]), sexo masculino (ORaj = 1,5 [1,2 - 1,8]), hospital público (ORaj = 2,0 [1,6 - 2,4]), mãe sem companheiro (ORaj = 1,4 [1,2 - 1,7]), baixa escolaridade materna (ORaj = 1,4 [1,2 - 1,7]) e < 7 consultas no pré natal (ORaj = 1,3[1,1 - 1,6]) constituíram fatores de risco para internação.

Conclusões: as características biológicas dos recém-nascidos associadas à internação em UTI neonatal são passíveis de prevenção, evidenciando a importância da qualificação da assistência à gestante e recém-nascido.

Palavras-chave Fatores de risco; Unidades de terapia intensiva neonatal; Saúde materno-infantil

Características^* * a variação do número de nascidos vivos em cada variável deveu-se à falta de registro na DNV ou na planilha das Unidades de Terapia Intensiva.	Total	Internação em Unidade de Terapia Intensiva
		n	%	OR _bruto (IC95%)	p	OR _ajustado (IC95%)	p
Maternas
Idade (anos)					<0,001		0,082
≥20	6821	756	11,0	1,0
< 20	1066	165	15,4	1,5 (1,2-1,8)		1,2 (0,9-1,5)
Situação Conjugal					<0,001		0,001
Com companheiro	6340	681	10,7	1,0
Sem companheiro	1545	239	15,4	1,5 (1,3-1,8)		1,4 (1,2-1,7)
Escolaridade (anos)					0,029		<0,001
≥ 8	6089	685	11,2	1,0
< 8	1797	236	13,1	1,2 (1,0-1,4)		1,4 (1,2-1,7)
Mês de gestação que iniciou o pré-natal					0,112		-
0 a 3	5829	628	10,7	1,0		-
4 a 6	1133	146	12,8	1,2 (1,0-1,5)		-
≥ 7	98	10	10,2	0,9 (0,5-1,8)		-
Número consultas de pré-natal					<0,001		0,010
7 ou mais	5643	525	9,3	1,0
0 - 6	2238	394	17,6	2,1 (1,8-2,4)		1,3 (1,1-1,6)
Relativas ao parto
Tipo de parto					0,618		-
Vaginal	3503	402	11,4	1,0
Cesáreo	4384	519	11,8	1,0 (0,9-1,2)		-	-
Tipo de estabelecimento					<0,001		<0,001
Privado	3304	267	8,0	1,0		1,0
Público	4568	651	14,2	1,9 (1,6-2,2)		2,0 (1,6-2,4)

Características^* * a variação do número de nascidos vivos em cada variável deveu-se à falta de registro na DNV ou na planilha das Unidades de Terapia Intensiva.	Total	Internação em Unidade de Terapia Intensiva
		n	%	OR _bruto (IC95%)	p	OR _ajustado (IC95%)	p
Sexo					<0,001		<0,001
Masculino	3999	519	12,9	1,3 (1,1-1,5)		1,5 (1,3-1,8)
Feminino	3888	402	10,3	1,0
Peso (g)					<0,001		<0,001
< 2500	604	339	56,1	14,7 (12,9-17,7)		8,1 (6,3-10,3)
≥ 2500	7283	582	7,9	1,0
Malformação congênita					<0,001		<0,001
Não	7820	891	11,3	1,0
Sim	67	30	44,7	6,3 (3,9-10,3)		6,0 (3,2-11,2)
Apgar 5° minuto					<0,001		<0,001
≥7	7807	878	11,2	1,0		1,0
< 7	72	42	58,3	11,1 (6,9-17,7)		5,7 (2,6-12,3)
Prematuridade					<0,001		<0,001
Não	6908	538	7,7	1,00
Sim	979	383	39,1	7,6 (6,5-8,9)		3,4 (2,7-4,1)

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[TFN01] ^*
a variação do número de nascidos vivos em cada variável deveu-se à falta de registro na DNV ou na planilha das Unidades de Terapia Intensiva.

[TFN02] Fonte: SINASC, Hospitais de Joinville, Janeiro a dezembro, 2012: Joinville, Brasil (2012).