Resumo
Objetivos:
identificar fatores resultantes da correlação vínculo mãe-filho, ambiente e desenvolvimento motor (DM) infantil.
Métodos:
estudo transversal com 130 mães/responsáveis e seus lactentes de 3 a 12 meses de vida, acompanhados em ambulatório de seguimento de risco de uma maternidade pública. Os dados foram coletados através de ficha contendo dados socioeconômicos e rotina de mãe/filho no ambiente hospitalar e domiciliar, e três outros instrumentos validados no Brasil: Protocolo de Avaliação do Vínculo Mãe-Filho, Affordances in the Home Envirornent for Motor Development – Infant Scale e Escala Motora Infantil de Alberta. Para correlação utilizou-se teste de qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher e nível de significância de 5%.
Resultados:
os dados mostraram predominância de bebês prematuros (74,5%), famílias de baixa renda (86,2%) e com oportunidades domésticas abaixo do adequado (93,8%) para um bom desenvolvimento motor. No que concerne a vinculação, 60% das mães apresentou forte vinculação com seu filho. O desenvolvimento motor de 62,3% das crianças apresentouse típico. Nas interações entre variáveis, observou-se significância estatística (p<0,05) na correlação entre vínculo e desenvolvimento motor típico.
Conclusão:
apesar dos fatores de risco, o desenvolvimento motor apresentou-se típico na maioria dos bebês desse estudo, sugerindo que a presença de vínculo favoreceu o desenvolvimento motor mesmo com a presença de adversidades ambientais e biológicas.
Palavras-chave:
Desenvolvimento infantil; Destreza motora; Apego ao objeto; Impacto ambiental