Resumo
Introdução:
a avulsão de dentes decíduos é um evento perturbador e inesperado.
Descrição:
o presente relato descreve o caso clínico de uma criança de três anos que sofreu avulsão e reimplante dos incisivos centrais superiores decíduos no local do acidente. Os responsáveis procuraram atendimento para a criança na Universidade Federal de Minas Gerais após reimplante. Quatro meses depois, a criança sofreu novo trauma e os dentes reimplantados apresentavam mobilidade avançada, reabsorção radicular e fístula. A conduta clínica foi extração e reabilitação com mantenedor estético fixo.
Discussão:
a literatura descreve duas opções de tratamento para avulsão de incisivos decíduos: o reimplante e o não reimplante. De acordo com revisão sistemática recente, a dificuldade de se obter um consenso sobre a melhor conduta clínica se deve, em parte, à escassez de publicações que apresentem não apenas acompanhamentos com sucesso clínico, mas também com falhas. O reimplante pode ser influenciado por vários fatores. O tempo decorrido entre o reimplante e a contenção, e o novo episódio de trauma, influenciaram negativamente o prognóstico do presente caso, levando ao insucesso. O reimplante de incisivos decí- duos ainda não é um tratamento baseado em evidências. Portanto, essa opção deve ser escolhida com cautela e em situações ideais. Requer monitoramento clínico e radiográfico para constante avaliação do desfecho.
Palavras-chave:
Criança; Avulsão dentária; Reimplante