Resumo
Objetivos:
avaliar a autoeficácia da amamentação e seus fatores associados em puérperas atendidas no sistema público de saúde.
Métodos:
estudo transversal analítico, com amostragem por conveniência e dois instrumentos: sociodemográfico, pessoal e clínico, e Escala de Autoeficácia em Amamentação, aplicada a puérperas em um ambulatório de acompanhamento puerperal de duas maternidades públicas de Goiânia/GO, de setembro a novembro de 2019. Critérios de inclusão: mães no período puerperal, idade acima de 18 anos, filhos nascidos a termo e em aleitamento materno exclusivo. Critérios de exclusão: autorrelato de depressão e desmame prematuro.
Resultados:
foram entrevistadas 128 puérperas. A média de idade foi de 26,7 (± 5,9). Os níveis de autoeficácia foram altos (95,3%) e nenhuma puérpera obteve nível baixo. As variáveis com significância estatística foram: experiência em amamentar (p = 0,0312), não ter recebido informações sobre aleitamento materno durante a gravidez (p = 0,0292), não ter recebido outro leite na maternidade (p = 0,0380), não sentindo dor durante a amamentação (p = 0,0242), sendo amamentada sob demanda (p = 0,0124), presença de ingurgitamento mamário (p = 0,0207), apresentando mamilos salientes (p = 0,0427).
Conclusões:
foram identificados aspectos clínicos e pessoais como fatores de risco para o desmame precoce. Isso pode fornecer informações para a formação de profissionais e a estruturação de intervenções nos serviços de saúde, visando a prevenção desses riscos.
Palavras-chave:
Aleitamento materno; Autoeficácia; Desmame