Neste estudo, realizou-se uma avaliação do risco ocupacional relacionado ao uso de xilol, ao qual estão expostos técnicos de oito laboratórios de citologia e anatomia patológica que atendem a população do Recife e de cidades do interior de Pernambuco. A coleta das informações deu-se por meio de questionários que podiam ser respondidos marcando-se alternativas de múltipla escolha. Deu-se destaque às informações decorrentes do uso do xilol relacionadas à saúde ocupacional e à percepção de risco na manipulação e no descarte dos rejeitos. Os resultados mostraram que a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva está sendo negligenciada. Dentre os entrevistados, 80% observaram mudanças na saúde após alguns anos de exposição ao xilol. Mesmo assim, apenas 6,6% deles fazem controle anual da presença de xilol no organismo pela dosagem de ácido metilhipúrico na urina. Constatou-se que 76,6% dos entrevistados descartam o resíduo diretamente na pia, pois não existe um local para descarte de rejeitos. Frente aos dados encontrados, sugere-se que há necessidade de educar o trabalhador numa visão prevencionista em relação aos riscos ocupacionais e ambientais provenientes do uso deste agente químico.
xilol; ácido metilhipúrico; risco ocupacional