Resumo
Introdução:
a baixa qualidade do sono pode comprometer tanto a saúde como a qualidade de vida.
Objetivo:
estimar a prevalência e os fatores associados à qualidade do sono ruim entre docentes de educação superior de uma universidade pública na Bahia.
Métodos:
estudo exploratório, transversal, realizado de novembro de 2015 a abril de 2016 com 423 docentes aleatoriamente selecionados. A qualidade do sono foi mensurada pela escala Mini-Sleep Questionnaire (MSQ).
Resultados:
a prevalência de qualidade do sono ruim foi de 61,3%. As queixas mais frequentes foram: dificuldade de adormecer, acordar cansado, acordar com dor de cabeça e não ter tempo para dormir durante o dia. Apresentaram-se estatisticamente associadas com a qualidade do sono ruim: manter mais de um vínculo empregatício, tempo irregular e/ou insuficiente para a prática de atividades de lazer, seis horas ou menos de sono, queixas de dor musculoesquelética e de cabeça, e alta exigência psicológica com baixo controle sobre o trabalho.
Conclusão:
condições de trabalho que propiciam os fatores associados à elevada prevalência de qualidade do sono ruim entre docentes devem ser repensadas em prol da saúde desses trabalhadores e da importância do seu trabalho para a sociedade.
Palavras-chave:
saúde do trabalhador; sono; docentes; educação superior; estudos transversais