Resumo
Introdução:
o termo pós-Fordismo refere-se a um modelo de organização laboral de acordo com a evolução dos meios de produção na segunda metade do século XX. Fruto das alterações substanciais dos mecanismos de regulação e contratação, este modelo prioriza a flexibilização e fragmentação da relação com o trabalhador. Com o advento informático, o pós-Fordismo ganha novos moldes e hiperboliza-se com as economias de plataforma em linha e a chamada uberização do trabalho.
Objetivo:
analisar criticamente as características do modelo pós-fordista e seus impactos à saúde ocupacional.
Métodos:
foi realizada uma revisão narrativa da literatura.
Resultados:
apontam-se para três aspectos do modelo pós-Fordista: 1) instabilidade laboral; 2) sobrecarga laboral; e 3) demanda psicossocial. Esses determinantes têm sido fortemente associados a maus resultados em saúde, sobretudo mental.
Conclusões:
as mudanças na conceptualização do trabalhador e do lugar do trabalho na vida do indivíduo exigem novas formas de pensar a saúde ocupacional. Para mitigar as consequências do pós-Fordismo, é necessária uma clara percepção das suas dinâmicas e uma mobilização de esforços multissetoriais.
Palavras-chaves:
pós-fordismo; economia de plataforma online; uberização; saúde do trabalhador; equilíbrio trabalho-vida