Resumo
Introdução:
o campo da Saúde do Trabalhador (ST) se assenta em uma concepção que pressupõe uma visão ambiental, social e histórica do processo saúde-doença, ultrapassando os limites dos locais de trabalho.
Objetivo:
apresentar diferentes facetas da intervenção em ST a partir de um resgaste histórico da construção do campo, destacando visões de seus instituidores.
Métodos:
entrevistas com agentes históricos do campo considerados informantes-chave. Para análise do conteúdo abordado nas entrevistas foram eleitas as categorias: os alicerces da intervenção e sua viabilidade na estruturação dos serviços; intervenção como produção de conhecimento e normativa; a propagação da intervenção: formação e informação.
Resultados:
na perspectiva desses atores, a intervenção é uma marca do campo que se apresenta na produção científica e técnica, bem como nos serviços; fortemente aliada ao movimento dos trabalhadores enquanto sujeitos, tanto nas ações como na produção compartilhada de conhecimento.
Conclusão:
no campo da ST, a intervenção tem como expressão máxima a Vigilância em Saúde do Trabalhador. Também se manifesta nas modalidades de pesquisa-ação, pesquisa-intervenção e comunidade ampliada de pesquisa, que afirmam o protagonismo dos trabalhadores e a valorização da subjetividade para os processos de transformação.
Palavras-chave:
saúde do trabalhador; intervenção; pesquisa-ação