Resumo
Objetivos:
compreender as problemáticas decorrentes da estigmatização do HIV sobre a vida profissional de trabalhadores soropositivos.
Métodos:
estudo de abordagem qualitativa com realização de entrevistas semiestruturadas, cujos dados foram categorizados utilizando a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. Os sujeitos da pesquisa foram 15 participantes do grupo de adesão do Centro de Testagem e Aconselhamento de Imperatriz, Maranhão, Brasil. Os discursos foram tratados à luz da teoria do estigma proposta por Erving Goffman.
Resultados:
a partir da análise, emergiram três categorias: barreiras - “[…] porque nunca vão me querer”; perdas - “[…] umas me deram amizade, outros me deram preconceito”; e silêncio - “[…] ficar… em silêncio todo o tempo”.
Discussão:
as barreiras interpostas aos interlocutores contribuem para uma percepção negativa da possibilidade de reinserção no mercado de trabalho. A prática de demissões discriminatórias leva os trabalhadores a manterem silêncio constante sobre a situação soropositiva, para que o estigma do HIV não os torne alvo de discriminação no ambiente de trabalho.
Palavras-chave:
HIV; estigma social; emprego; saúde do trabalhador