A síndrome de burnout tem recebido destaque em recentes pesquisas por representar não apenas um agravo à saúde do profissional, mas também um risco aos indivíduos por ele assistidos, principalmente em atividades nas quais o contato humano é um componente preponderante. O objetivo deste estudo é analisar a manifestação de burnout em agentes comunitários de saúde (ACS) a partir da literatura revisada, dando ênfase a aspectos de sua formação e prática. Procedeu-se a uma pesquisa de referencial teórico a partir de publicações encontradas na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Importantes fontes de estresse ocupacional levantadas nas referências foram: a função de elo entre serviço e comunidade exercida por este profissional, a proximidade emocional com a população e o contato direto com os problemas socioeconômicos do território. Foi averiguado também que a formação do agente, no que tange aos conhecimentos humano-sociais, é ainda insuficiente. Conclui-se que estas questões suscitam mudanças na formação dos agentes e nas suas condições de trabalho, sendo que os benefícios destas medidas refletir-se-ão também sobre a saúde da população assistida, e que o limitado número de pesquisas empíricas sobre ACS e burnout encontradas para este estudo prova a necessidade de pesquisas adicionais para consolidação destes conhecimentos e futuras mudanças na abordagem destes profissionais.
esgotamento profissional; saúde ocupacional; auxiliares de saúde comunitária; Programa Saúde da Família