RESUMO
Avaliou-se a inseminação artificial por retração cervical usando sêmen fresco ou congelado disponível comercialmente. Ovelhas Santa Inês foram divididas em cinco grupos. A monta natural (MN) correspondeu ao grupo controle. Quatro grupos foram submetidos a um tratamento hormonal e inseminação artificial por retração cervical (CRI) ou laparoscopia (LAI) usando sêmen fresco ou congelado. Para a CRI, ovelhas foram mantidas em estação. O tempo para penetrar o canal cervical e realizar a CRI foi mensurado, bem como o local de deposição do sêmen e intensidade de reação da ovelha (fraca, moderada, forte). Amostras de sangue foram coletadas para dosagem de progesterona aos dias 0, 3, 5, 12 e 17 (dia 0 = inseminação ou monta). Foram avaliadas as taxas de não retorno ao estro (NRE), gestação (ao dia 35) e fertilidade (nascimento / ovelhas acasaladas). O tempo médio para penetração cervical foi de 52,8 ± 21,2s e para a CRI foi de 3:26min ± 47s. A intensidade de reação à CRI foi fraca ou moderada em 92,3% das ovelhas. Os níveis séricos de progesterona após CRI, LAI e MN foram similares. NRE das ovelhas inseminadas foi similar, exceto em ovelhas com CRI e sêmen congelado, que foi inferior (P<0,05). As taxas de fertilidade foram semelhantes entre CRI e LAI (35,4% e 42,2%, respectivamente). A inseminação artificial por retração cervical com ovelhas em estação se mostrou prática e não alterou o perfil de progesterona, possibilitando índices reprodutivos similares à laparoscopia. No entanto, o uso desta técnica com sêmen disponível comercialmente apresentou baixa taxa de fertilidade.
Palavras-chave: inseminação transcervical; laparoscopia; nível de progesterona; ovino; posição anti-estresse