JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A pressão do balonete transmitida diretamente na parede da traquéia de forma irregular pode ocasionar lesões e levar a broncoaspiração. O objetivo deste estudo foi demonstrar que ao implantar uma rotina de mensuração da pressão do balonete, obtém-se controle fidedigno para manter as medidas dentro dos parâmetros considerados seguros, evitando assim, as complicações descritas. MÉTODO: Foram avaliadas 3195 medidas de pressão de balonete em 1194 pacientes dos sexos masculino e feminino, internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) e coronariana (UC), que estavam sob ventilação mecânica com uso de prótese endotraqueal e cânula de traqueostomia, nos períodos matutino e vespertino. RESULTADOS: Durante o período de março a agosto de 2005 foi realizado acompanhamento das medidas colhidas pelos profissionais de fisioterapia e observou-se que as medidas foram irregulares, em média, em 80% dos casos. Diante desse fato foi elaborado um programa de treinamento, com foco nas Equipes de Enfermagem das UTI e UC, que consistiu na orientação dos procedimentos adequados realizados à beira do leito (treinamento em loco). Os treinamentos foram realizados em dois períodos (matutino e vespertino) para abranger toda a equipe. CONCLUSÕES: Sugere-se a necessidade da vigilância das pressões do balonete através da implantação de uma rotina de mensurações matutina, vespertina e noturna, como meio profilático, para prevenir as possíveis complicações da pressão de balão da prótese traqueal.
balão endotraqueal; balonete traqueal; intubação; traqueostomia