OBJETIVO: Há controvérsias sobre o melhor fluído a ser utilizado na reposição volêmica no tratamento da sepse. O objetivo do estudo foi comparar a reposição volêmica com solução salina isotônica à 0,9% ou com solução salina hipertônica à 7,5% , em ratos com sepse induzida pela ligadura e punção do ceco. MÉTODOS: Estudo experimental com 30 ratos Wistar, divididos em três grupos: controle (GC, n=10), solução isotônica (GSI, n=10) e solução hipertônica (GSH, n=10). Em todos os grupos foi realizada a ligadura e punção do ceco, sendo avaliadas, após 15 horas, a freqüência respiratória, pressão arterial média, fluxos sanguíneos hepático e renal, peso e coleta de sangue para dosagem de TNF-α. No grupo solução isotônica e grupo solução hipertônica houve reposição volêmica 60 minutos antes com solução salina a 0,9% e solução salina a 7,5%, respectivamente. RESULTADOS: Ocorreram dois óbitos na amostra total. Houve diferença significativa do peso médio dos ratos após 15 horas de sepse (p=0,018), principalmente se comparados GSI e GSH (p=0,003). O fluxo sanguíneo renal também apresentou diferenças significativas entre os grupos GC e GSH (p=0,002), e GC e GSI (p=0,008), mas sem significância entre GSI e GSH. A melhora da PAM com o uso de SSH não foi constatada (p=0,054). As demais variáveis não apresentaram significância para o estudo. CONCLUSÕES: Embora não tenham sido evidenciadas melhorias na pressão arterial média, bem como no fluxo hepático e TNF-α, ratos submetidos à sepse por ligadura e punção do ceco, após 15 horas, apresentaram aumento significativo do fluxo sanguíneo renal independente do uso de solução salina isotônica à 0,9 % ou hipertônica à 7,5%.
Solução salina hipertônica; Soluções isotônicas; Sepse; Ratos Wistar