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O Processo de Institucionalização das Estruturas Formais de Investigação em Turismo (EFIT) no Brasil

Resumo

Este artigo analisa o processo de institucionalização - habitualização, objetivação e sedimentação (Berger e Luckmann, 1966) - das Estruturas Formais de Investigação em Turismo/EFIT no Brasil, através da teoria institucional, em sua perspectiva histórica. Esta pesquisa, descritiva e explicativa, é do tipo censo. Empiricamente, recorreu-se a apreensão de dados secundários, de todos os 234 grupos de pesquisa formalmente registrados desde 1964 e ativos em 2016 no diretório de grupos do CNPq, eleitos como o tipo mais representativo de EFIT na pesquisa anterior (Pimentel, 2016a). Os dados foram tratados quantitativamente por meio do software SPSS e qualitativamente pela técnica de análise de conteúdo. Foram identificadas 3 etapas marcantes no processo de institucionalização das EFIT no Brasil: na primeira fase (1964-2001) de Habitualização, criaram-se cursos superiores para a formação em turismo, expandiu-se o tema “turismo” no ambiente acadêmico e observou-se sua inserção como linha de pesquisa. Na segunda fase, da Objetivação (2002-2009), o tema consolidou-se via criação de grupos específicos de pesquisa, em grande quantidade. Na terceira fase (2010-atual), sedimentam-se as EFIT, observa-se o contingente de egressos de graduações em turismo, com mestrado e doutorado, inseridos em IES como professores-pesquisadores e começa a formar-se novas gerações de pesquisadores. Todavia, uma plena institucionalização requer a transmissão intergeracional de estruturas objetivas e referencias simbólicas de geração de conhecimento.

Palavras-chave:
Estruturas Formais de Investigação em Turismo/EFIT; Teoria Institucional; Processo de Institucionalização; Instituição de Ensino Superior/IES; Brasil

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