Para avaliar o efeito de uma dieta hiperlipidêmica nos níveis séricos de metabólitos lipídicos e progesterona e no desempenho reprodutivo, 42 vacas mestiças foram submetidas a dois tratamentos: T1 (n=21) dieta-controle e T2 (n=21) dieta hiperlipidêmica, tendo como principal fonte de lipídios o grão de soja integral. Os intervalos médios para a primeira e segunda ovulações pós-parto foram 26,3 e 35,9 dias para os animais do T1 e 21,7 e 37,4 dias para os do T2. Os intervalos médios do parto ao início da atividade luteal, primeiro estro e primeiro ciclo estral normal foram, respectivamente, 29,9; 39,5; e 53,9 dias para T1 e 25,7; 33,3; e 52,3 dias para T2. A duração média do primeiro ciclo estral foi de 14,7 e 16,9 dias e do segundo de 19,8 e 19,5 dias para T1 e T2, respectivamente. As concentrações de progesterona nos ciclos estrais normais ocorridos durante o período de 90 dias pós-parto variaram de valores mínimos de 0,27 (T1) e 0,31 ng/mL (T2), nos dias 0 e 1 (dia 0 = ovulação), para valores máximos de 6,71 ng/mL (T1), nos dias 10 e 11, e 7,04 ng/mL (T2), nos dias -9 e --8, retornando a níveis basais (<1 ng/mL) nos dias -3 e -2. As concentrações médias de colesterol total e colesterol HDL para T1 e T2 foram, respectivamente, 100,74 e 67,3 mg/dL e 162,25 e 95,8 mg/dL. O efeito de hipercolesterolemia da dieta foi confirmado nesta pesquisa, mas sem nenhum aumento nas concentrações de progesterona e desempenho reprodutivo.
colesterol; dieta hiperlipidêmica; HDL; progesterona; vacas pós-parto