Objetivou-se avaliar o efeito do nível de produção de leite sobre o consumo e a digestibilidade dos nutrientes (MS, MO, EE, PB, FDNcp e CNF corrigidos), o consumo de NDT, a produção de proteína microbiana e a excreção de compostos nitrogenados na urina. Foram avaliadas as concentrações de N uréico no soro (NUS) e no leite (NUL) de animais de diferentes níveis de produção de leite. Foram comparadas as metodologias de coletas de urina spot e total para quantificação do fluxo de N microbiano. Quinze vacas holandesas foram alocadas em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos, de acordo com a produção de leite: 5,88 (baixa); 18,54 (média) e 32,6 kg de leite/dia (alta). A dieta foi constituída de silagem de milho fornecida à vontade e 1 kg de concentrado para cada 3 kg de leite produzido. Os consumos de todos os nutrientes, exceto FDNcp, foram maiores nos animais mais produtivos. As digestibilidades de MS e MO e o teor de NDT não diferiram entre os tratamentos, mas as digestibilidades da PB e da FDNcp foram influenciadas pelo nível de produção, sendo maior e menor, respectivamente, nos animais de alta produção. Os teores de NUS e NUL e a excreção de compostos nitrogenados na urina foram altamente correlacionados e superiores nos animais mais produtivos, indicando que a concentração ótima varia com o nível de produção de leite. A produção microbiana não diferiu entre as metodologias de coleta spot e total de urina, sendo inferior nos animais menos produtivos. Assim, a coleta de urina spot pode ser utilizada para estimar a excreção de compostos nitrogenados na urina e a produção de proteína microbiana no rúmen.
FDNcp; N uréico no leite; N uréico no soro; proteína microbiana; coleta spot