Objetivou-se determinar os possíveis efeitos da restrição de luminosidade, obtida com distintas densidades de árvores de Pinnus taeda, sobre a produção e qualidade de: aveia-preta (Avena strigosa Schreb) cv. Comum, aveia-branca (Avena sativa L.) cv. Fapa 2, azevém (Lolium multiflorum L.) cv. Comum, trigo (Triticum aestivum L.) duplo propósito cv. BRS Tarumã e ervilhaca peluda (Vicia villosa L.). Avaliaram-se três níveis de luminosidade: a sol aberto (sem presença de árvores de Pinnus taeda), 30% de restrição de radiação (usando espaçamento entre árvores de 15 × 3 m, com 222 árvores/ha) e 60% de restrição de radiação (usando espaçamento de 9 × 3 m, com 370 árvores/ha). Foram realizadas avaliações da produção de forragem, da composição química e dos componentes estruturais das plantas, do potencial hídrico das plantas, da umidade do solo, das variáveis microclimáticas e da produção de acículas. O delineamento experimental foi de blocos completos ao acaso, em parcelas subdivididas e três repetições. O azevém foi a espécie mais produtiva em todos os níveis de luminosidade, embora a ervilhaca tenha apresentado a menor redução de produção quando sombreada. Houve maior potencial hídrico nas plantas e maior umidade no solo nos ambientes sombreados, mesmo assim, a produção de forragem reduziu significativamente no sombreamento mais intenso (81%). A composição química e os componentes estruturais de todas as forrageiras estudadas também são afetados pelo aumento da restrição luminosa.
composição química; matéria seca; sistema silvipastoril; sombreamento