A aquicultura brasileira é a segunda (destaque para o Chile) em produção sul-americana, apoiada basicamente nas cadeias de produção da tilapicultura e da carcinicultura. O Brasil produziu, em 2007, 95.691,0 toneladas de tilápia, o que representa 45% da produção da aquicultura continental. A aquicultura formada por pequenos e médios produtores vem mostrando, nos últimos anos, mudança nos sistemas de criação. Até a o final da década de 90, ela se baseava no sistema semi-intensivo em viveiros escavados e de barragens. A partir do ano de 2000, surge, com força, a tilapicultura em tanques-rede, principalmente em águas da União (grandes reservatórios de hidroelétricas e açudes da Região Nordeste). Esta mudança acarretou alterações na cadeia de produção, uma vez que são necessários insumos adequados ao sistema: rações específicas, material genético compatível com a criação e formas de escoamento da produção, uma vez que no novo sistema apresenta maior escala de produção. O sistema agroindustrial do pescado abrange dois sistemas de produção distintos: a pesca (sistema extrativo) e a aquicultura (sistema produtivo). Alguns elos deste sistema são compartilhados pelos dois sistemas, porém ração e material genético são exclusivos da aquicultura. Nos elos de transformação, distribuição e comercialização, ambos os sistemas se relacionam e, muitas vezes, concorrem entre si. Atualmente, o Brasil possui linhagens melhoradas geneticamente, em contínuo processo de melhoramento e adaptaçao às nossas condições. A atividade de tilapicultura vem passando, desde as décadas passadas, por um processo de profissionalização, com o produtor mais atento ao manejo e aos insumos utilizados. Hoje, é possível escolher o insumo que mais se adapta ao manejo empregado pelo produtor, porém isso não é é uma prática generalizada quando se considera seu preço de venda.
alevinos; insumos; ração; tilápia