Para avaliar as estratégias de alimentação de bovinos em pastejo, quatro novilhas da raça Holandês Preto e Branco foram mantidas em uma pastagem de capim-mombaça (Panicum maximum Jacq.) com cinco alturas de dossel, em um delineamento inteiramente casualizado, com duas repetições, durante os meses de fevereiro a abril de 2002. Os animais experimentais foram avaliados por meio de testes de pastejo de 45 minutos, durante os quais foram determinados o número de bocados, o número de estações alimentares, o número de passos e o tempo de alimentação utilizando-se cronômetros e contadores. Com o aumento da altura do dossel, o número de estações alimentares diminuiu de forma quadrática (Y= 16,3199 - 0,2424 x + 0,000996 x², R² = 0,9328, P = 0,0031), como resultado da maior disponibilidade de forragem, que reduziu a procura por melhores sítios de pastejo. O número de passos entre as estações alimentares aumentou (Y= 0,7247 + 0,01603 x, R² = 0,6172, P = 0,0043), ampliando a exploração do ambiente de pastejo. Quando a massa de forragem aumentou, os animais reduziram as distâncias totais percorridas (Y= 513,998287 - 2,659875 x, R² = 0,728076, P = 0,0016), a taxa média de deslocamento (Y= 11,567445 - 0,058396 x, R² = 0,724633, P = 0,0013) e, conseqüentemente, a intensidade de utilização da área (Y= 9,533139 - 0,051351 x, R² = 0,7708, P = 0,0005), como resultado da elevação da altura do dossel, que garantiu elevado consumo de forragem. Os animais ajustam seus padrões de deslocamento e procura de forragem em resposta à estrutura do dossel forrageiro.
comportamento de pastejo; estrutura da pastagem; novilhas holandesas; Panicum maximum