Foi avaliado o comportamento ingestivo de novilhos mestiços em pastagens exclusivas de capim-marandu (Brachiaria brizantha Stapf Hoesch cv. Marandu), capim-tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Amarillo) e em pastagem consorciada de capim-marandu e amendoim forrageiro, em resposta à altura do relvado. As parcelas foram reguladas em seis alturas nas pastagens de gramíneas e, naquelas de amendoim forrageiro e consorciada, foram rebaixadas simulando o pastejo intermitente. A quantidade de forragem ingerida pelo animal foi determinada pela técnica de dupla pesagem. A taxa de ingestão (TI, g MS/minuto) foi estudada em função da altura da pastagem (A) e da massa de folhas (MFV), denominadas variável Z no modelo: TI = TImax (1 - e(-K x Z)); em que: TImax é o parâmetro que representa a taxa de ingestão potencial máxima (g MS/min); k é o parâmetro que representa a variação em TI para cada unidade de variação em Z. A TI variou conforme a altura da pastagem para todas as espécies, mas, para a MFV, variou apenas nas pastagens de amendoim forrageiro e capim-marandu. A TI potencial em função da altura da pastagem foi de 66,49 g MS/minuto, independentemente da pastagem avaliada, e foi mais sensível à variação na altura para o amendoim forrageiro, em comparação às demais pastagens (k = 0,09 vs 0,039). A fração tempo despendido/g MS ingerido/bocado foi maior para o capim-tanzânia e a pastagem consorciada, com valores de 3,16 e 2,83 segundos, respectivamente. Para manipulação do capim-marandu e do amendoim forrageiro, o tempo despendido foi 0,80 e 0,68 segundo, respectivamente. A estratégia do animal para manter a TI elevada na pastagem de amendoim forrageiro foi aumentar a taxa de bocados e, nas demais pastagens, aumentar a ingestão por bocado.
altura da pastagem; ingestão por bocado; massa de folhas verdes; taxa de bocado; tempo por bocado