Foram conduzidos dois experimentos com o objetivo de avaliar o desempenho e as características de carcaça de suínos na fase de crescimento e terminação alimentados com rações contendo casca de café melosa ensilada. No experimento 1, a casca de café foi moída em peneira com crivos de 4 mm e ensilada com 30% de água e inoculante enzimobacteriano e avaliada em ensaio de digestibilidade com 15 suínos mestiços, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. De forma geral, o processo de ensilagem não melhorou a digestibilidade da casca de café melosa. No experimento 2, foram utilizados 60 suínos (32,52 a 59,58 kg) na fase de crescimento e 55 suínos (61,70 a 90,27 kg) na fase de terminação, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco dietas (0, 4, 8, 12 e 16% de casca de café melosa ensilada) e seis repetições. Nas fases de crescimento e terminação, não houve efeito dos níveis de casca de café melosa ensilada sobre o consumo de ração, o ganho de peso e o nitrogênio da uréia plasmática. Entretanto, na fase de terminação, a conversão alimentar melhorou com o aumento dos níveis de casca de café melosa ensilada. A espessura de toucinho e o marmoreio responderam de forma quadrática, enquanto o peso do estômago vazio aumentou de forma linear com a inclusão de casca de café melosa ensilada na dieta. A casca de café melosa ensilada tem bom valor nutricional e, se utilizada em níveis correspondentes a até 16% da dieta, não prejudica o desempenho de suínos nas fases de crescimento e terminação e resulta em carcaças mais magras, entretanto a viabilidade econômica de sua utilização depende da relação de preços entre esse subproduto e os demais ingredientes.
alimentos alternativos; característica de carcaça; desempenho; digestibilidade; subproduto